segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Le temps qui reste


O tema da morte precoce não é propriamente inédito, nomeadamente no cinema francês (vide o filme "Paris" - em Agosto, arquivo do blogue). Este filme de François Ozon (2005)retrata a história de um fotógrafo de moda, Romain, que, tendo já uma vida organizada: um emprego glamoroso, uma relação estável, uma boa casa, uma familia razoavelmente equilibrada, se vê confrontado com a fatalidade de possuir apenas umas semanas de vida em consequência de um cancro no cérebro.
São as atitudes nos relacionamentos interpessoais de Romain (a crueldade perante o namorado, a mesquinhez para com a irmã, o autismo perante os pais)e toda a sua revolta que nos fazem sentir cúmplices dessa angústia, como se o compreendessemos bem. Mas muito mais angustiante é a fragilidade que sentimos perante a possibilidade de isso nos acontecer...Como reagiríamos?

3 comentários:

  1. Não vi este filme mas vi o Paris. A morte assusta a todos. Mas a morte, quando vencida- direi antes- quando adiada não nos muda. Na minha opinião, somos humanos até morrer. Talvez porque a vida é, afinal, mais forte que a morte.
    Dava uma longa conversa.
    Elisabeth

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  2. Se vivermos a vida com consciencia, o medo da morte nao existe na verdadeira conotaçao da verdade. Pensemos nela como sendo um verdadeiro sono sem sonhos, mas de uma tranquilidade plena, onde estamos apenas nós e o silencio, e nao nós e a solidão. A vida é mt boa qd vivida no verdadeiro sentido da plenitude em q faça bem a nós proprios e aos q estao conosco. Vivamos querendo que a morte nao nos vença sem que tenhamos tudo resolvido para nós e com os outros. Sem o Perdão da Vida, é viver a morte de olhos abertos.... Samuel

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  3. PERDIDO

    perdido a vaguear pos sinuosos trilhos

    a alma cheia de nada

    pensamentos dispersos e terrivelmente confusos

    seintimentos ocultos e friamente desgastantes

    tudo parace simultaneamente belo e terrivel

    a unica experança reside no firmamento

    a luta sangenta entre estar e desaparecer

    entre viver e nao viver

    é cruel e interminavel

    o desejo e a dor confunden-se

    o prazer e o sofrimento encontran-se

    o fim traz uma certeza

    nada é certo

    tudo é inexplicavel

    a derradeira viagem é excitante

    o confronto entre o passado e o futuro é alucinante

    os sentimentos transportam a ficçao

    o espirito encaminham para a realidade

    perigosamente veridica .....

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