quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Le plaisir de chanter



Trata-se de uma mistura de espionagem, de romance, de musical, diria, e de erótico, com uma cena fellatiosa a tocar o hardcore...enfim, este filme não é propriamente uma novela mexicana dobrada em "brasileiro", mas apresenta-nos uma trama cheia de personagens marcadas por algum tipo de dramatismo: a relação (des)apaixonada da chefe com o seu (in)subordinado, a viúva alegre mais triste de todas, o trintão ingénuo e pueril, a mulher infértil, o prostituto homossexual, a médica fria e calculista, o árabe criminoso, a artista frustrada. Todos eles partem em busca de uma pen importante, descobrindo ao mesmo tempo "O prazer de cantar". Mas como?...Vejam!
"Le plaisir de chanter", um filme de Ilan Duran Cohen (2008).

3 comentários:

  1. Le plaisir de chanter... o título deste filme foi desde logo a minha primeira grande interrogação, já que parecia não encaixar com a sinopse do filme: espiões e terroristas, todos procurando uma pen drive com planos de contrabando de urânio. E o que isto tinha a ver com o prazer de cantar?

    Ora, aqui entra a capacidade de nos surpreender do cinema francês que o filme hollywoodesco americano já vai perdendo.Espiões e terroristas, sim, mas sem tiros, explosões ou perseguições de carros. Um conjunto de personagens bem pitorescas, caricaturais do nosso quotidianao, que se juntam... numa aula de canto!

    E a partir daqui é o desenrolar da história, sempre numa sequência inesperada, sempre sendo bombardeados com a riqueza das suas personagens!

    Enfim, um prazer, efectivamente, ver cinema francês!

    Ana Almeida

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  2. Ver projectada na grande tela, um grupo de adultos em busca da sua inocência perdida, encontro e busca, simbolizado nas aulas de canto, com a dose certa de humor, perceber os limites entre as verdades e mentiras sociais, provocou-me Plaisir....
    AH! Fantástica interpretação da actriz Jeanne Balibar.

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  3. O nosso mais intrínseco, profundo e oculto ser, o subconsciente de todos nós, a vivência do dia a dia de nosso mundo, o medo que temos em rever-nos neste filme, a barreira dos nossos limites e da intromissão dos limites dos outros.
    Saber onde estamos, o que queremos, e o projectarmos no que já perdemos ou fomos na realidade do nosso passado, tudo retratado em um único extracto do nosso mundo.
    Sejamos crianças, vivamos com humor, alegria e o querer sempre mais de cada momento do verdadeiro prazer ... seja um sorriso, seja um olhar ... seja um verdadeiro canto.

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